História do Terrorismo

O Terrorismo é um fenómeno típico do séc.XX. Crimes e guerras sempre existiram na história da humanidade, mas actos terroristas é uma característica do nosso século.

                O terrorismo de hoje é diferente. São grupos organizados que agem sempre com o objectivo de destruir e que estão convencidos que as razoes para tal são nobres.

                O termo “terrorismo” apareceu pela primeira vez em 1798, no suplemento do Dicionário da Academia Francesa. Referia-se ao regime de terror em que a França mergulhou entra Setembro de 1793 e Julho de 1794. Alguns historiadores denominam também de terrorismo a onda anarquista que se alastrou na Europa nos finais do Século XIX.

                Os primeiros actos terroristas com as características semelhantes às actuais apareceram em 1912, quando um grupo de Macedónios, hostis á Turquia, começaram a colocar bombas nos comboios internacionais. Por essa altura, no inicio do século, os dicionários ainda traziam uma simples explicação para o termo terrorista:”pessoa que espalha rumores assustadores; que profetiza catástrofes ou acontecimentos funestos; pessimista.”

                Após a primeira Guerra Mundial, algumas nações começaram a ajudar grupos revolucionários de outros países. A Itália e a Hungria, por exemplo, apoiavam nessa época os revolucionários croatas.

                Depois da Segunda Guerra Mundial, principalmente a partir dos anos 60, o financiamento estrangeiro ao terrorismo tornou-se regra. União Soviética, Argélia e Líbia, entre outros, fomentaram o terrorismo no mundo, o qual, a partir dessa época fazia o “trabalho sujo” da política internacional.

                Actualmente há várias dezenas, talvez centenas de grupos terroristas que actuam em todos os cantos do planeta. Algumas dessas organizações ostentam nomes absurdos, incríveis mesmo, quando comparados às suas formas de acção e seus objectivos: grupo Antiterrorista de Libertação (Espanha – anos 80), Partidários do Direito e da Liberdade (França – anos 80), Grupo da Justiça Internacional (Egipto – 1995), Partido de Deus (Israel – anos 80 e 90). Há também nomes esdrúxulos, como: Tigres da Libertação Tâmil, Células do Mártir Engenheiro, Frente Tigre de Libertação da Bodolândia.

                Ao longo dos anos o número de organizações terroristas e respectivas acções têm aumentado em progressão geométrica, de tal modo, que hoje é raro passar uma semana ou mesmo alguns dias sem o conhecimento de uma acção terrorista em qualquer parte do mundo. Em 1970 foram registados 300 atentados terroristas no mundo, em 1975 foram 349 e em 1980 foram 500 atentados.

Actualmente é habitual ocorrerem vários ataques terroristas ao mesmo tempo. Um extracto do editorial jornalístico dá uma imagem clara da situação em que vive o mundo actualmente: “Duma só vez, um suicida explode um autocarro em Telavive; um comboio vai pelos ares em paris; um carro-bomba mata perto de Argel; vírus de antraz foram espalhadas pelas ruas de Tóquio; no Peru uma mina explode sob um camião; na Índia uma moto com explosivos; na Colômbia um ataque onde utilizaram dinamite. (…) O contágio é universal. O ódio anti-semita  explode em Buenos Aires...”

                Esta sinopse pode ser complementada com o extracto do editorial a seguir, publicado num periódico logo após um novo ataque suicida do grupo extremista Hammas em Israel: “Da Argentina á Espanha, dos Estados Unidos ao Japão, nenhum país pode considerar-se a salvo desse inimigo [o terrorismo] que se move nas sombras, escolhe as suas vítimas ao acaso e já está, na avaliação de especialistas, na iminência de ter acesso aos recursos da energia nuclear, com seu poder apocalíptico de destruição.”

    Hoje o Terrorismo já atingiu o mundo todo!!!